Que as plantas são excelentes fontes de novos medicamentos todo o mundo sabe. E a notícia de hoje vem nessa linha, pois identificou-se um composto químico, chamado de patentiflorin A, que tem ação poderosa contra o vírus que causa a AIDS, o HIV. Esse composto foi capaz de inibir a ação da principal enzima do vírus, a transcriptase reversa, de maneira muito mais eficiente que o AZT, um dos primeiros fármacos aprovados contra o HIV e ainda hoje utilizado em associação com outros medicamentos antirretrovirais, no que é conhecido como coquetel.
O trabalho de isolamento do fármaco a partir da planta Justicia gendarussa, encontrada no Sudoeste Asiático, foi feita por um consórcio de laboratórios composto pela Academia de Ciência e Tecnologia do Vietnã, a Universidade Batista de Hong Kong e a Universidade de Illinois, em Chigaco, nos Estados Unidos. Os cientistas ainda foram capazes de sintetizar o composto químico em laboratório.
Veja a notícia completa em: http://www.genengnews.com/…/natural-plant-compound…/81254523
O grande potencial econômico da natureza como fonte de invenções em conjunto ao medo de contrabando de espécies da flora e da fauna culminaram, em 1992, durante a Eco 92, na cidade do Rio de Janeiro, na assinatura da Convenção sobre a Diversidade Biológica (CDB), sob o manto da Organização das Nações Unidas (ONU). Inspirados nela, os países redigiram suas próprias legislações nacionais. No Brasil, para ter acesso à biodiversidade para desenvolver qualquer tecnologia, não somente medicamentos, o cientista/pesquisador deve estar previamente autorizado. O órgão responsável por essa autorização é o Conselho de Gestão do Patrimônio Genético (CGEN).
Então, já sabe, né? Antes de sair investigando o seu quintal à procura de inspiração para um desenvolvimento tecnológico, procure saber como é a autorização de acesso à biodiversidade do seu país.
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